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Como funciona a cirurgia de estrabismo?
Caracterizado pelo desalinhamento dos olhos, que não conseguem se direcionar para o mesmo sentido ao mesmo tempo, o estrabismo pode atingir um ou os dois olhos e resultar em problemas de visão. Suas causas podem estar ligadas à lesões nos nervos e tendões, problemas cerebrais, graus muito altos de miopia, traumas gerados a partir de AVC ou traumatismo craniano, e ao ato de forçar muito a vista durante a infância, tornando um olho preguiçoso.
Existem ainda diferentes tipos de estrabismo. O convergente é aquele no qual os olhos são virados para dentro, apontando para o nariz, enquanto o divergente tem como principal característica o olhar voltado para fora. No vertical, por sua vez, há o desalinhamento para cima ou para baixo. Independente do tipo, a disfunção costuma atrapalhar a visão e o bem estar das pessoas, que muitas vezes têm sua auto estima reduzida.
Realizada com fins estéticos e funcionais, a cirurgia de estrabismo visa corrigir o eixo visual, de forma a melhorar também a capacidade de visão dos pacientes. O procedimento consiste basicamente em encurtar ou alongar os músculos dos olhos, de forma a realinhá-los.
A cirurgia de estrabismo
Realizado muitas vezes apenas com anestesia local, o procedimento pode também ser feito com o uso de uma geral. Na cirurgia, é feito um pequeno corte com bisturi para garantir acesso ao músculo reto medial, que será encurtado ou desconectado do ponto que se liga ao olho e recolocado em outro mais para trás, de forma a diminuir a tensão.
Rápida, a cirurgia dura cerca de uma hora e o paciente volta para casa no mesmo dia com uma proteção e a recomendação de uso de analgésicos e colírios antibióticos. Sem a necessidade de voltar ao consultório para retirar os pontos, que caem sozinhos, o paciente deve evitar realizar esforços físicos por cerca de uma semana e, apesar de sair da cirurgia enxergando, ele leva um tempo com a visão embaçada, uma vez que tanto os olhos quanto o cérebro precisa se acostumar com o novo alinhamento.